domingo, 21 de março de 2010

Alguns dados percentuais

Universidade pública se torna cada vez mais elitista

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística são claros: em 1992, os estudantes que pertenciam ao estrato dos 10% mais ricos da população representavam 45,6% do número de alunos matriculados no ensino superior; em 1999, essa porcentagem aumentou para 48%. Ou seja, o sonho do brasileiro da camada mais pobre da população de chegar à universidade continuava tão distante no final da década de 90 quanto era no início dela.

O período foi marcado por uma forte expansão da oferta de vagas, mas não o suficiente para aumentar a participação dos 50% mais pobres da população. Em 1992, eles representavam 8,5%. Em 1999, eram 6,9%.Quando se avalia a presença dos 20% mais ricos e dos 20% mais pobres, a elitização fica ainda mais evidente. Os 20% mais ricos aumentaram sua participação de 67,1% para 70,7%; os 20% mais pobres caíram de 1,3% para 0,9%.O fenômeno aconteceu no mesmo período em que o número de estudantes no nível superior teve aumento de 76,2%, passando de 1,433 milhão para 2,525 milhões.

Na avaliação do sociólogo Simon Schwartzman, os dados mostram que, apesar da expansão, a composição social dos estudantes não se diversificou. A única tendência de democratização visível nos números é a de diminuição de brancos, que eram 80,1%, em 92, e passaram a ser 78,9%, em 99. Schwartzman alega que o aumento da matrícula significou a intensificação do acesso dos estratos mais altos ao ensino superior, que não era muito grande. Para as camadas sociais mais pobres, não mudou muita coisa.

Ou seja, o ensino superior no Brasil, no começo da década de 90, era tão insuficiente para atender à demanda que nem a parcela mais rica da população tinha pleno acesso. De acordo com a Pnad de 1999, para ser considerado "10% mais rico da população" bastava um brasileiro ter renda média mensal domiciliar de R$ 4.090 no ano da pesquisa.


Fonte: UOL Aprendiz
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Fica claro que o fenômeno não é recente, mesmo que antigamente havia uma escassez grande de vagas, e que o cenário se agrava ano a ano desde o século passado.

E aqui na UFABC, será que o cenário é igual? Quantos será que são sustentados pelos pais? Quantos tem que trabalhar para se manter na faculdade?

Criei uma enquete para que os alunos possam votar e assim bolarmos uma estatistica manuseável para tirarmos conclusões.
Também iniciei uma pesquisa do mesmo estilo em um dos fórums que frequento, em breve postarei os resultados por aqui.

Grande abraço a todos e até mais.

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