quarta-feira, 5 de maio de 2010

Post Final

Olá!

Fizemos este blog para expor nosso tema de trabalho: Elitização do Ensino Público. E chegou a hora de fecharmos a pesquisa e colocar nossas conclusões para vocês.

Escolhemos este tema porque queríamos encontrar os problemas que causam a elitização e conhecer as diferenças culturais, sociais e econômicas dentro de um mesmo espaço - a UFABC. Portanto nossos objetivos eram encontrar dados estatísticos que mostrassem a tal elitização, analisar qual população é atingida e observar o perfil dos estudantes da UFABC desde sua implantação até os dias atuais, através da análise da pesquisa socioeconômica e da ajuda dos professores Artur Zimerman e Sidney Jard da Silva.

Pela pesquisa constatamos que:
- Ao decorrer dos anos, pode-se analisar que houve um aumento gradual de alunos jovens na universidade;
- Sobre os lugares de onde os estudantes são, houve redução do ABC e de outros estados e aumento da capital e de outros municípios;
- Brancos e amarelos aumentaram e pardos e negros diminuíram;
- Cresceu o número de alunos que moram com os pais e diminuiu os que moram com seus companheiros (resultado de mais jovens);
- Há maior dependência financeira da família e menor de si próprio ou do conjuge;
- Há mais alunos com renda maior do que no início;
- A maioria dos alunos não trabalha ou trabalha em período integral;
- No último dos 3 anos, os que estudaram em escola particular no ensino médio superaram os de escola pública;
- Apesar de grande parte dos vestibulandos não haver feito cursinho, esse número tem diminuído e, em 2009, 52,5% dos entrevistados fizeram “cursinho”.

Como já foi dito anteriormente, tentamos avaliar o perfil dos estudantes da UFABC (renda, escolaridade, modo de vida, condições, etc.), mas encontramos muitos casos que são diferentes, também, ou seja, casos particulares diferentes do coletivo, de pessoas por exemplo que tinham uma boa renda, fizeram o ensino médio em rede privada, mas que agora não tem condições de pagar uma boa faculdade, então a única solução que resta é o ingresso na rede pública, o que está mais difícil de acontecer, ja que essa pessoa não pode entrar no sistema de cotas. Enfim, este é só um, mas existem muitos casos particulares que não se aplicam ao que todos estamos acostumados em ouvir.

A elitização existe porque a faculdade pública requer dedicação, o que geralmente só é possível pra quem tem dinheiro suficiente para não precisar trabalhar, estudar em boas escolas, e fazer cursinho se necessário, logo, os estudantes que falham no vestibular é porque geralmente vem de escolas fracas que não oferecem o suporte necessário. Pensando nisso, o Governo implementou as cotas, que facilitam o acesso destes estudantes de renda inferior nas universidades públicas.

Há os que concordam com essa idéia e os que não concordam.
É de senso comum do nosso grupo que não adianta querer resolver o problema do ensino público precário do Brasil simplesmente oferecendo essas vagas nas universidades, tratando de pessoas ricas, pobres, negros, amarelos, pardos... Somente consertando o atual ensino público, desde o fundamental até o médio, é que as coisas vão mudar e pra melhor! Sendo desnecessário essa divisão de pessoas.

Portanto, com os dados apresentados, fica evidente o propósito do grupo, que seria mostrar estatisticamente o processo de elitização do ensino público no país, em especial na Universidade Federal do ABC.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Perfil geral do vestibulando VUNESP A UFABC

Mais jovem;
Da capital;
Solteiro;
Branco;
Mora com os pais;
Renda crescente;
Com computador e conexão de banda larga;
Oriundo do ensino médio privado de período diurno.

Conclusão da pesquisa socioecoenomica apresentada ao CONSEP pelo professor Zimerman.

A estrela do Sisu, artigo de Sidney Jard da Silva e Artur Zimerman

"[...]A discussão sobre as condições de implantação da universidade tem passado ao largo da avaliação que o corpo discente faz da instituição. O presente artigo, baseado em pesquisa realizada em setembro de 2009, com 2.599 alunos (99% dos matriculados), tem como objetivo apresentar o perfil sócio-econômico e a opinião dos estudantes da UFABC sobre a qualidade de ensino, a capacitação docente e as condições de aprendizagem na universidade.

Criada em julho de 2005, a UFABC recebeu seus primeiros estudantes em setembro de 2006, sob forte crítica de setores da mídia que questionavam a decisão de iniciar suas atividades em instalações provisórias. A maioria absoluta do corpo discente da universidade é formada por jovens entre 17 e 24 anos (87%), solteiros (94%), do sexo masculino (70%), sem filhos (97%). Os que se auto-declaram brancos representam 73% dos alunos, pardos 15%, de ascendência oriental 9%, negros 2% e indígenas 1%.

A grande maioria dos estudantes reside com seus familiares (72%) e depende do auxílio financeiro dos pais (60%); 75% apresentam renda familiar per capita de até três salários mínimos, 25% têm atividade remunerada não-acadêmica e 23% recebem bolsa-auxílio da instituição. Paulistas e paulistanos perfazem a grande maioria do corpo discente; destes, 60% residem no Grande ABC e 34% na cidade de São Paulo.[...]"

vide integra em http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=69961

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Quotas

http://www.youtube.com/watch?v=EBALjIBoffY&feature=related"

http://www.youtube.com/watch?v=xJqkEXn344Y&feature=related

Vejam os videos no link acima! ( nao aprendi a colocar aqui, se quiserem me ensinar aceito!! =))


Ele fala da questão das quotas que tentam amenizar a falha do ensino básico.
Todos sim devem ter acesso a universidade pública. Lembrando que um aluno que estudou sua vida toda em escola particular foi, provavelmente, sustentado pelos pais a vida toda. Já o aluno de escola pública não! Portanto nao teve a mesma chance e oportunidade de estudo que aquele da particular, por diversos motivos que vão desde a falha do ensino até mesmo a necessidade de ter que trabalhar para sobrevier.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Comentário e dúvida

No dia do seminário nossa colega Gabriela Gomes das Neves, do grupo "Rivalidade no Futebol", nos enviou o seguinte:

"Hoje sabemos que a boa parte dos alunos de universidades públicas fizeram o Ensino Médio em escolas particulares ou fizeram algum cursinho preparatório pago. Dificilmente alunos de escolas públicas ingressam facilmente em universidades não pagas, se não levarmos em conta as cotas. Vemos então que o problema está na base dos alunos e seu ensino. Será então que o melhor seria investir nas bases educacionais das criancas em escolas públicas do que depois tapar o Sol com a peneira e criar programas de cotas? Qual a opinião do grupo sobre essa questão?"

Vou colocar minha opinião aqui e os outros responderão a seguir nos comentários.

Deixa eu ver se entendi... Pensando em um mundo ideal, onde as escolas públicas seriam excelentes, assim não precisaria existir cotas. É isso? Eu acho que seria ótimo! Assim ninguém poderia ter a desculpa de não poder cursar uma escola de qualidade (ou fazer cursinho pago), e consequentemente não poder competir com o outro nível (bem superior) dos outros vestibulandos. Apesar de eu ser bem esperançosa, acho que isso está muuuuuito difícil de acontecer, pelo menos por enquanto, no Brasil. AH, essa é a situação da Dinamarca, postagem anterior que eu fiz aqui, escola pública de qualidade! Agora vou parar de sonhar e deixar pro povo comentar =)

Beijos!

domingo, 18 de abril de 2010

Segunda Rodada

Vamos nos preparar para concluir o nosso trabalho pessoal, Atenção a data da apresentação final!!!

Segunda e última rodada: apresentação final do projeto-blog, com diagnóstico e justificativa do tema a partir da pesquisa desenvolvida, objetivos, passo-a-passo metodológico para atingir os objetivos propostos, referências e fontes utilizadas e, se for possível, um piloto da intervenção ou do produto proposto.
(20 minutos para cada grupo e 10 minutos para comentários e avaliação do projeto de cada grupo na sequência da apresentação)

28/4 -

11:30-12:00 h. Elitização do ensino público

Creio que a partir de agora temos que:
1) Correr atrás dos dados da pesquisa socioeconômica na UFABC como foi sugerido no dia da apresentação.
2) Pegar alguns depoimentos pessoais, fazer entrevista para saber de cada um a situação dele na faculdade.
3) Pesquisar o rendimento dos alunos que fazem parte dos 50% de cotas da UFABC.
4) Divulgar o blog para o pessoal do noturno para que tenhamos a visão deles também.
5) Discutir sobre os vestibulares, a forma de ingresso na universidade é coerente com que grupo social.
6) Responder ao comentário da Gabriela Neves do grupo Rivalidade no futebol. (basicamente ela quer saber a opinião do grupo sobre as cotas)

Como finalização do nosso projeto, após realizar todas essas tarefas podemos ter algum tipo de projeto produto, como por exemplo, uma solução para essa elitização:
é o caso do cursinho preparatório UFABC, que já existe, em que alunos da faculdade dão aula para alunos de ensino médio de escola pública.
Podemos pesquisar sobre isso ele também.
Mais uma forma seria abordar a mudança nos vestibulares, como agora foi feito na mudança do enem.
Tudo isso pode ser bem apresentado numa forma de vídeo, bem editado, com uma conclusão final de todo nosso trabalho de pesquisa!

Vamos lá pessoal, motivação e foco no nosso objetivo!
Espero resposta de todos os membros do grupo! acham que temos que nos reunir com a professora para essa finalização? podemos marcar um dia com ela, o que acham?

Até mais,
Laís

terça-feira, 13 de abril de 2010

"Educação gratuita da pré-escola ao doutorado"

Vi o post do Vitor e me lembrei da minha época do cursinho, uma aula sobre a Dinamarca e meu professor nos disse isso: que a educação lá é gratuita da pré-escola ao doutorado! Fui procurar mais referências sobre isso e achei as confirmações... Tudo que ele disse era verdade rs!!! Ainda há esperança no mundo! Ou pelo menos na Dinamarca..

Um país de maioria jovem (15 a 64 anos) e baixíssima taxa de desemprego.
Leiam os links abaixo, são bem curtinhos!

"Praticamente não há analfabetos no país."
"Mesmo no sistema de ensino privado, o Governo subsidia de 80 a 85% dos custos."
http://paises.hlera.com.br/europa/dinamarca/educacao-na-dinamarca.htm

"Se não tivermos uma população com alto nível de educação, não teremos empregos"
"São poucos os dinamarqueses que não têm pelo menos o equivalente ao ensino médio completo. A maioria têm pelo menos dois anos de ensino técnico, além do médio. Quase a metade tem mestrado."
E fala sobre os impostos que eles pagam
http://www.mre.gov.br/portugues/noticiario/nacional/selecao_detalhe3.asp?ID_RESENHA=373554

Estatísticas (até maio de 2008): http://www.indexmundi.com/pt/dinamarca/

LEIAM!

Eu gostaria de nascer num país como este! Não desmerecendo o Brasil né... :D
Critico o nosso país, mas torço muito por ele também! Afinal de contas eu sou brasileira e moro aqui! Preciso acreditar nele!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Novas universidades federais, problemas velhos.

Axei boa essa matéria da Veja, na revista está mais completa, mas aqui no site tem alguns comentários também.
Esta reportagem fala evasão nas universidades federais, e a UFABC está no meio delas.


Igor Rando

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Kassab inicia privatização do ensino em São Paulo

Na reportagem abaixo é possível se ter idéia de onde essa privatização já está chegando.

http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=276

Da maneira que a privatização está invadindo as instituições públicas, logo logo acredito que comecem a cobrar das pessoas que se banificiam desses serviços.

Como a própria reportagem conclui:
"Esse projeto é mais um passo para a privatização do ensino público, que já vem sendo sucateado de todas as formas pelos governos municipais, estaduais e federal. As terceirizações consistem na transferência de recursos que deveriam estar sendo investidos nos próprios trabalhadores, para a mão de empresas que tem lucros astronômicos à custa da população, que é quem realmente paga a educação, através dos pesados impostos. Devemos lutar contra todo e qualquer tipo de tentativa de privatização, exigindo o ensino público, gratuito e de qualidade para todos em todos os níveis."

Só nos resta arrumar uma maneira eficiente, que possa gerar um resultado positivo, de lutarmos contra essa TENTATIVA de privatização.

Educação Brasileira .... Está bom Realmente ?

Um breve resumo de nossa Educação no Brasil:

Ano de 1960. O que estava ocorrendo nessa época ??
- Políticas de incentivo a educação começavam a surgir nesse momento.

Mas como ??

Uma das Idéias na época seria privatizar o setor educacional no País, com a intenção de se obter melhores resultados na educação.
Quanto a isso, tudo bem, até porque não deixa de ser uma política de incentivo ao setor deficitário.
O problema foi que, no decorrer dos anos, dados passaram a mostrar que tal política não teria dado tanto resultado como se esperava, pois quando se trata de privatização, vale lembrar que isso é repassado ao consumidor (estudantes) na forma monetária. É nesse momento que a elitização da educação no Brasil começa a se atenuar, pois quem passa a ter acesso a educação são os que possuem condições financeiras de bancar com os valores requeridos pela instituição.

Atualmente . O que se pode ver dos políticos em relação ao assunto ?
- vejamos, de uns anos pra cá, novas políticas de incentivo ao estudante passam a ser criadas.
Quais seriam essas políticas ?
-Criação de novas Instituições públicas
-Criação de Bolsas
-Criação de quotas para Negros, índios, e estudantes do ensino médio em escola públicas.

Seriam Políticas bem sucedidas ?
- Dados mostram que não, pois alunos que não tiveram base no ensino médio acabam abandonando sua vaga devido a dificuldades de aprendizado ou falta de conhecimento prévio. Alunos de baixa renda não conseguem se manter em cidades de grande porte, já que isso gera muitos custos.

Por esses e vários outros motivos, fica evidente que as políticas adotadas em nosso país não são bem sucedidas, deixando assim falhas no setor, e atenuando ainda mais a questão do perfil dos estudantes nas grandes universidades deste país.


Felipe .....

Privatização do Ensino Superior seria a causa do problema da Elitização do Ensino Público superior no Brasil ??

Este trabalho, elaborado com base nos indicadores da educação superior produzidos pelo INEP, IBGE e UNESCO, analisa a situação do acesso à educação superior no Brasil nos últimos 40 anos, considerando as diferenças nas matrículas e oferta de vagas entre as dependências administrativas e os cursos, o perfil dos concluíntes e a qualificação dos docentes. Comparam-se também os indicadores de taxa de escolarização e grau de privatização do setor no Brasil com os de outros países da América Latina e do mundo. Por fim, é feita uma breve discussão sobre as últimas ações do MEC (gestão Tarso Genro), com vistas a ampliar a oferta e democratizar o acesso. O que os dados apresentados mostram é que, muito embora desde a década de 1960 a política do governo federal para o setor tem sido a ampliação de vagas via privatização, a Taxa de Escolarização Bruta na Educação Superior do país ainda é uma das mais baixas da América Latina, embora o grau de privatização seja um dos mais altos do mundo. O resultado deste processo foi uma grande elitização do perfil dos alunos, em especial nos cursos mais concorridos e nas instituições privadas, onde é muito pequena a presença de afrodescendentes e de pobres. As propostas apresentadas até o momento pelo MEC norteiam-se pelo princípio de expansão de vagas, sem recursos adicionais, no setor público, e subsídios ao setor privado, em troca de bolsas de estudo. Para democratizar o perfil dos alunos propõem-se quotas, tanto no setor público quanto no privado. Trata-se de medidas paliativas, que não enfrentam a questão central que é a expansão do setor público sem perda de qualidade, o que implica sair do atual 0,8% do PIB gasto com o ensino de graduação para um patamar de cerca de 1,4% do PIB.


O que se percebe em relação ao tema, é que tal problema na educação Brasileira é algo que vem mais lá de trás, ou seja, um dos maiores problemas que o setor enfrenta hoje em dia é devido a política adotada nos anos 60 como citado acima, já que na época um dos meios adotados para se solucionar o problema da educação foi privatizar o setor. Tal acão, fez com que a elitização já começasse a ocorrer, e atualmente isso se consolidar.

Retirado de:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302004000300005&script=sci_arttext&tlng=e


Felipe ....

quinta-feira, 1 de abril de 2010

URGENTE!

Primeira rodada: apresentação do tema, da pesquisa no blog, dos conceitos tratados nas aulas que podem ser úteis para o projeto em desenvolvimento, objetivos do projeto, metodologia, fontes utilizadas, auto-avaliação da dinâmica do grupo até o momento.
(30 minutos para cada grupo, sendo 15 minutos de apresentação de um grupo e 15 minutos de comentários do blog-projeto e debate por outro grupo, conforme indicação abaixo)

7/4 –

11:30-12:00 h. Elitização do ensino público (Muro – comentário do blog e debate)

14/4 -
10:30-11:00 h. Preconcentury (Elitização do ensino público – comentário do blog e debate)
11:00-11:30 h. Rivalidade no futebol (Elitização do ensino– comentário do blog e debate)
.


Esse ai foi o post da professora com a programação. Todos estão cientes disso certo?
Então, hoje dia 01-04 ainda não temos essa apresentação montada e muito menos estamos a par dos outros blogs para fazer esses comentários. como postou o alexandre

"Para os comentários a serem realizados por outros grupos nas apresentações, durante a primeira rodada, vocês podem seguir esse roteirinho abaixo, de forma a contribuirem da melhor forma possível para o trabalho dos colegas.

Pontos a considerar:



1.Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo);
2.Qualidade das pesquisas e das análises das fontes;
3.Idéias para objetivos do projeto (intervenção e/ou produto);
4.Reflexão sobre os conceitos trabalhados na disciplina e ligação com conceitos do tema do projeto;
5.SUGESTÕES!!!"



Primeiro, vamos pensar no nossa trabalho ok?
Temos então que marcar urgentemente uma reunião a fim de acertar os pontos da nossa apresentação.

Alguém do grupo deve ficar responsável por olhar o blog da prof e analisar os conceitos. Pelo menos selecionar os conceitos tratados nas aulas que podem ser uteis para o nosso trabalho. Quem se habilita?

Um outro alguém deve estar a par da pesquisa realizada no nosso blog para apresentar pra classe.

Entre outras funções mais.
PEssoal, por favor apareçam.
Segunda feira temos que nos reunir para fazer isso ok? que horario vcs podem? eu posso por toda a tarde!

quarta-feira, 24 de março de 2010

É hora de trabalhar!

A partir da enquete realizada pelo nosso colega Lucas percebemos claramente a divisão de partidos, de grupos daqueles que frequentam universidade, seja ela pública ou privada.
Daí podemos tirar nossas conclusões, claramente vemos a divisão de partidos, o surgimento de sub-grupos devido a renda economica.
Podemos tratar isso mais a fundo aqui no blog. Identificando o que gera esse status e o surgimento desses partidos. Se é uma questão de gênero, etnia (aspectos culturais), geração...Também podemos falar da estratificação social, ou seja, a divisão da sociedade em camadas que marcam posições desiguais. Levando em conta o preconceito que aqueles que estão de fora dessa determinada camada social sofrem ao tentar de inserir nesse mesmo meio.
Devemos tratar também de indentidade: aquilo que chamamos de esquizofrenia e subjetividade. Dai então entra a complexidade do nosso trabalho. Depois do momento inicial de pesquisa, agora devemos nos focar nisso e levantar pontos de cada uma desses tópicos citados acima.
Além disso devemos nos atentar a cultura, no que diz respeito aos significados. O que é importante para um certo grupo de uma determinada cultura, para outro pode não ser a prioridade, e então temos que sacar isso para não conflitar com os pensamentos. Muitas vezes estamos fazendo uma pesquisa de um determinado grupo, sem ao menos saber qual a cultura deles. Mas creio que não venha ao caso isso. Ou vcs acham que temos no Brasil alguma cultura diferente, que não tenha como foco uma universidade pública de qualidade para obter conhecimento na graduação? Vamos analisar os diferentes grupos sociais então.

Pessoal, vamos nessa, quero ver comentarios de todos quanto a isso ok?
O nosso próximo passo agora é explorar os grupos que vamos discutir. Vamos invadir o blog do preconcentury e dar uma olhada no projeto deles, afinal deve ser um debate e tanto. Deem uma olhada no post que fala de cotas raciais. É uma boa pra gente bater de frente com eles.

terça-feira, 23 de março de 2010

Pesquisa Anônima - Fórum Outerspace

Olá a todos.

Visando um panorama uma pouco mais abrangente, decidi fazer uma enquete em um dos fórums de discussão que costumo frequentar sobre o tema que é discutido aqui no blog, que é a elitização do ensino superior. A abordagem girou em torno de como as pessoas, sendo de instituições privadas ou públicas, se mantem na universidade.

Foi feita uma enquete com a pergunta Estuda em qual instituição de ensino? / Como você se mantem na faculdade? contendo 6 itens, sendo eles:

- Pública / Bolsas Auxilio ou Trabalhando
- Pública / Auxílio dos pais
- Pública / Outro (se puder, justifique)
- Privada / Bolsas Auxilio ou Trabalhando
- Privada / Auxílio dos pais
- Privada / Outro (se puder, justifique)

Fora a enquete eu pedi para que o pessoal deixasse mais detalhes sobre suas estadias na faculdade e, aos que optaram por escolas particulares, se houve algum empecílho na escolha da instituição de ensino superior

No total 21 pessoas votaram na enquete em um período de 2 dias, um número de amostragem baixíssimo, porém de uma certa relevância devido as conclusões que podem ser feitas a partir desses dados e previsível já que os tópicos por lá desaparecem da vista dos usuários muito facilmente.

O gráfico abaixo mostra a distibuição dos votos dos participantes da enquete:


Alguns usuários também contribuíram "verbalmente", respondendo ao tópico em si. A maioria só reforçou o que votou na enquete, porém temos algumas exceções. Vale ressaltar que manterei a anonimidade dos mesmos por questões de ética, apesar de um fórum de internet ser extremamente anônimo, mas ainda sim a preservarei.

Comentários sobre a pergunta da enquete:
"Eu estudei em faculdade privada e paguei por isso trabalhando. Não estudei em pública pois os horários te impedem de trabalhar.", Anônimo 1.

"Faço uma pública sou mantido pela mesada da minha mãe.", Anônimo 2.

"Minha faculdade quem paga é meu pai e me mantenho com auxílio", Anônimo 3.

"Estudo em universidade estadual e me mantenho com ajuda dos meus pais.", Anônimo 4.

"Privada pelos pais, nao fiz mais pelos meus pais que querem que eu fique na atual mesmo, mas pretendo ainda faze cursinho pra tentar entrar na federal..", Anônimo 5.

"Privada / Auxílio dos pais", Anônimo 6.

"Estudo em faculdade privada, meus pais que pagam, escolhi pela facilidade de continuar morando com eles.", Anônimo 7.

Analisando o gráfico e as opinões das pessoas fica bastante evidente que a elitização não é um evento presente somente nas universidades públicas, mas inclui também as instituições privadas, muitos dos usuários ainda são mantidos pelos pais e continuarão sendo até o término de suas graduações, mesmo depois de atingirem maioridade.

Um dos comentários mais pertinentes, feito pelo Anônimo 1, revela que o fator trabalho (e consequentemente dinheiro) é muito importante na escolha e que talvez incentivos diretos do governo facilitariam muito a entrada desses sujeitos em instituições públicas, mas por receio de perder a estabilidade financeira (já que se sustentam) e sem apoio suficiente de parentes fica difícil arriscar alguma coisa.

Por fim, a pesquisa mostrou o que muitos dos posts anteriores aqui do blog relataram, uma elitização do ensino superior público, do privado e que fatores como renda, localidade e mesmo vontade dos pais em relação aos filhos exercem uma influência grande na escolha da melhor universidade. E sim, mesmo que em mínima escala já que a dimensão da pesquisa não foi grande, ainda mostra que a elite (assim denominada) exerce grande influência nas estatisticas em relação aos graduandos de universidades públicas ou privadas brasileiras.

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Agradeço aos usuários que contribuíram à pesquisa e que fizeram possível as conclusões feitas nesse post.
Fonte: Fórum Outerspace

domingo, 21 de março de 2010

Evasão no ensino superior

" Má escolha é a maior causa da evasão "

Segundo essa reportagem da Folha, um pouco antiga porém ainda consistente com a realidade atual, foi feita uma pesquisa com alunos da USP, mostrando que quase metade dos alunos que desistem de seus cursos de gradução pois tiveram problemas na escolha do curso.

[...] Por pressões dos pais, por falta de informação sobre a faculdade ou sobre o mercado, 44,5% dos alunos acabam abandonando o que era seu sonho de realização profissional e se tornou a opção errada.

Outros 30,7% desistem por não gostarem da estrutura do curso que ingressaram. Depois, seguem os insatisfeitos com o mercado de trabalho e com a profissão, que somam 13,4%. Os que desanimam por razões pessoais --como problemas familiares, financeiros, afetivos-- são 10,5%. Menos de 1% é motivado a largar a faculdade por não se adaptar à cidade em que ela se localiza.[...]


Segundo a professora Yvette Piha Lehman, autora da pesquisa que defendeu como tese de livre docência, uma alternativa para as universidades evitarem o abandono é oferecer atendimento e orientação profissional.

Realmente quando a desistência acontece no início do curso, está relacionada diretamente à escolha. Os outros motivos são a dificuldade de se adaptar às exigências e aos professores e à mudança do ensino médio para o superior.
E uma boa maneira e quase certa de ajudar neste caso é a orientação profissional e vocacional.

Fonte: Folha educação

Reflexões

Boa noite!

Esse assunto é muito polêmico, mas acredito que pra apenas aquelas pessoas que sonham com a vida em universidade pública! Realmente, é muito fácil de se perceber que na nossa universidade tem poucas pessoas de baixíssima renda. A faculdade é pública, mas uma grande parte dos discentes tem grana! Como já foi dito aqui, isso é porque para ingressar nessas instituições é necessário um preparo muito grande, o que já exclui a possibilidade de ter um emprego. Tem que se dedicar 100% aos estudos. E detalhe: Quando o indivíduo finalmente consegue entrar na tão sonhada universidade pública, ele pensa "Agora vou voltar a ter uma vida decente, sociável!", mas o que foi vivido foi apenas a ponta do iceberg! Depois que se consegue entrar na faculdade, o trabalho e esforço só cresce. Acho que a gente pode refletir observando aqui dentro da UFABC mesmo, e eu tenho certeza que isso acontece nas outras instituições públicas daqui de SP também.

Eu percebo que de dia, o estacionamento da Santa Adélia tem muito mais carros bonitos, mais novos, mais caros; e de noite essa situação já não é assim, o número de carros populares aumenta. O número total de carros sempre é grande durante todo o dia, mas por razões diferentes: Os estudantes do diurno chegam de carro as 8h, estudam e no máximo as 18h já vão embora para casa. A maioria vai embora antes. Já os do noturno chegam do trabalho na UFABC por volta das 18h e vão embora as 23h. Estou falando do geral, da maioria de pessoas que conheço que são do diurno e não trabalham e que são do noturno e trabalham.

Tem um colega que estudou comigo e com o Felipe que é mais velho. Ele trabalha, estuda na UFABC e é casado! Só não sei se tem filhos. Eu fico imaginando... Minha única obrigação é ir bem nos estudos e isso já não é fácil para mim, imagina pra ele que tem que ir bem na UFABC, no trabalho e ainda cuidar da família... Ele nos contou que dorme muito pouco, por volta de 3 horas por noite! Essa é a vida de quem não tem a sorte de não ter que trabalhar! Este é só mais um exemplo que afirma a ideia de que existe mesmo uma elite no ensino público!!!

Agora é a vez de vocês, nossa mais rica pesquisa é olhando ao nosso redor mesmo, como foi dito por um colega da nossa turma. Falem das coisas que vcs observam na UFABC que separam (ou incluem) pessoas nessa elite!

.

Alguns dados percentuais

Universidade pública se torna cada vez mais elitista

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística são claros: em 1992, os estudantes que pertenciam ao estrato dos 10% mais ricos da população representavam 45,6% do número de alunos matriculados no ensino superior; em 1999, essa porcentagem aumentou para 48%. Ou seja, o sonho do brasileiro da camada mais pobre da população de chegar à universidade continuava tão distante no final da década de 90 quanto era no início dela.

O período foi marcado por uma forte expansão da oferta de vagas, mas não o suficiente para aumentar a participação dos 50% mais pobres da população. Em 1992, eles representavam 8,5%. Em 1999, eram 6,9%.Quando se avalia a presença dos 20% mais ricos e dos 20% mais pobres, a elitização fica ainda mais evidente. Os 20% mais ricos aumentaram sua participação de 67,1% para 70,7%; os 20% mais pobres caíram de 1,3% para 0,9%.O fenômeno aconteceu no mesmo período em que o número de estudantes no nível superior teve aumento de 76,2%, passando de 1,433 milhão para 2,525 milhões.

Na avaliação do sociólogo Simon Schwartzman, os dados mostram que, apesar da expansão, a composição social dos estudantes não se diversificou. A única tendência de democratização visível nos números é a de diminuição de brancos, que eram 80,1%, em 92, e passaram a ser 78,9%, em 99. Schwartzman alega que o aumento da matrícula significou a intensificação do acesso dos estratos mais altos ao ensino superior, que não era muito grande. Para as camadas sociais mais pobres, não mudou muita coisa.

Ou seja, o ensino superior no Brasil, no começo da década de 90, era tão insuficiente para atender à demanda que nem a parcela mais rica da população tinha pleno acesso. De acordo com a Pnad de 1999, para ser considerado "10% mais rico da população" bastava um brasileiro ter renda média mensal domiciliar de R$ 4.090 no ano da pesquisa.


Fonte: UOL Aprendiz
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Fica claro que o fenômeno não é recente, mesmo que antigamente havia uma escassez grande de vagas, e que o cenário se agrava ano a ano desde o século passado.

E aqui na UFABC, será que o cenário é igual? Quantos será que são sustentados pelos pais? Quantos tem que trabalhar para se manter na faculdade?

Criei uma enquete para que os alunos possam votar e assim bolarmos uma estatistica manuseável para tirarmos conclusões.
Também iniciei uma pesquisa do mesmo estilo em um dos fórums que frequento, em breve postarei os resultados por aqui.

Grande abraço a todos e até mais.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Aumenta investimento em estudantes do ensino público no Brasil

16/03/10 - 21h31 - Atualizado em 16/03/10 - 21h31
Aumenta investimento em estudantes do ensino público no Brasil


O investimento em estudantes do ensino público no Brasil aumentou, entre os anos 2000 e 2008. No básico, o custo por aluno passou de R$ 1,4 mil para mais de R$ 2,6 mil. E o custo do estudante do ensino superior, que era 11 vezes maior que o da educação básica, teve a proporção diminuída para 5,6.

Segundo o Ministério da Educação, a meta nessa relação é atingir quatro, que é o recomendado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.

Os investimentos com a educação em relação ao Produto Interno Bruto, que é a soma de tudo que é produzido no país, também cresceram.


Retirado da página do jornal nacional.

terça-feira, 16 de março de 2010

Vejamos a opinião de Nonato Menezes, professor da rede pública de ensino

Para um ensino PÚBLICO de qualidade
*NONATO MENEZES

Pesquisas nacionais e internacionais têm demonstrado o quanto nosso ensino, regra geral, e o ensino público em particular, são precários. Entre a falta de financiamento e a evasão escolar, encontramos os mais diversos problemas, todos eles, historicamente arraigados na sociedade e no meio escolar. Mas permeia entre essas dificuldades um desejo de melhoria, movido por uma necessidade de superação e de acompanhamento dos anseios mais imediatos da sociedade brasileira. É daqui que nasce o discurso, ainda que tímido e sem clareza, acerca da idéia de qualidade do ensino, que tem sido um discurso inconsistente, restrito a alguns indicadores, sem envolvimento político mais amplo e, por isso, sem a abrangência necessária que possa tomar corpo no interior das escolas, nas universidades e na sociedade em geral.
Assim, o discurso sobre a qualidade tem sido vazio e, até então, não oferece nenhum risco às precárias condições do nosso ensino, seja ele público, seja ele privado.
É nesse espaço que oferecemos aqui alguns indicadores que julgamos indispensáveis para alimentar esse debate. Indicadores que não são novos no discurso político-pedagógico, mas que carecem de interdependência e inteira ausência de hierarquia. Nesse caso, o que se pretende discutir vai de encontro ao que só a escola pública, por seu caráter peculiar, necessita e pode agregar. Só nesse caso, portanto, cabem essas premissas como possíveis alternativas ao que defendemos como construção de um ensino de qualidade.
Só a esfera pública comporta uma política abrangente de educação e por isso seus indicadores são equivalentes e cada um tem importância decisiva num contexto de aquisição de saberes e de conhecimentos, sobretudo se houver envolvimento com a cultura.
Esse horizonte exige que os incentivos econômicos e sócio-individuais não sejam negligenciados, pois deles resultarão parte da tranqüilidade necessária à prática docente. São esses incentivos que dão as necessárias condições materiais de existência a todos nós, assim como nos possibilita um envolvimento social amplo, indispensável à nossa vida. Parte do nosso empenho e do nosso desempenho, assim como do nosso bem-estar, reside na conquista desses benefícios, logo é desnecessário discorrer mais sobre esse tema, a não ser para pormenorizar critérios e tipos de benefícios. O que não é o caso.
A formação, a qualificação e a capacitação são indispensáveis como quaisquer outros indicadores para um ensino de qualidade, sobretudo porque a docência exige um elevado grau de competência técnica. Ao contrário do que estamos habituados a presenciar, essa premissa é determinante para um ensino de qualidade. Deixar de levar em conta esse fator é fazer opção pela precariedade, pela não aprendizagem, pelo fracasso escolar.
Acrescida a esses fatores, a forma de ingresso, assim como os critérios de remanejamentos, se necessário for, tem importância decisiva no conjunto das políticas públicas de educação. O concurso, então, é o único meio capaz de se sobrepor a um vício histórico da política brasileira que é, para muitos, considerar o espaço público um caminho para suprir necessidades privadas.
Garantir autonomia da gestão escolar é condição indispensável para a qualidade do ensino, porque é o único caminho a possibilitar a democratização das relações no interior de qualquer estabelecimento de ensino. Educação sem reconhecimento de direitos não é educação e só numa relação democrática é possível isso.
Embora o conceito de democracia possa parecer de difícil definição, a chamada gestão democrática não deve oferecer infindáveis possibilidades de relativização, pois não devemos perder de vista alguns princípios fundamentais da democracia, sobre os quais ela se sustenta há mais de dois mil anos, com um reforço considerável a partir da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Governar com a maioria, direito individual à informação e igualdade entre os homens nas relações políticas, é pressuposto necessário à civilidade e não carece mais de formulações teóricas aprofundadas, mas de exercício pleno com seus riscos e seus temores. O que parece faltar, então, é desprendimento, coragem de compartilhar decisões, reconhecer os conflitos e as contradições como inerentes e, sobretudo, aceitar a paciente construção dos valores democráticos. Seja na escola, seja no poder público em geral, é necessária a superação da histórica relação de mando/obediência que ainda domina a sociedade brasileira.
Manter a escola é obrigação do Estado e aos governantes cabe proverem seu financiamento. É desnecessária a discussão sobre esse tema se a educação escolar for uma prioridade social e política e nada mais fora de propósito termos que admitir o contrário. No nosso caso, sobretudo a partir da década de setenta, o que vem dificultando essa compreensão, tanto por parte da sociedade, quanto dos próprios governantes, é a silenciosa política de privatização do setor público de ensino. Este sim, na medida em que permeia os interesses privados, torna-se motivo suficiente para o Estado se ausentar dessa obrigação, o que não impede, por sua vez, de as escolas públicas carecerem de investimento suficiente, em todos os sentidos, para que haja um ensino de qualidade.
A escola que pretende ensinar adequadamente deve sinalizar para a diversificação de seus recursos didáticos, sob pena de ser adotada por um único instrumento: o livro didático. É impensável que nossas escolas públicas não se equipem para atender melhor a seus estudantes, com o mais simples recorte de jornal ao mais moderno equipamento eletrônico. Isso se pretender acompanhar o desenvolvimento tecnológico e as rápidas mudanças que ocorrem na sociedade.
O ensino básico de massa tem feito opção, regra geral, por grandes estabelecimentos de ensino, com intuito de minimizar os custos de investimento e manutenção. Este também é um fator que contribui de maneira decisiva para a baixa qualidade do nosso ensino, na medida em que avolumam seus problemas, criando dificuldades sempre maiores para as gestões, para o envolvimento dos que ali convivem e para o desenvolvimento das ações pedagógico-intelectuais.
Ao contrário das Universidades, as escolhas não têm como se departamentalizarem. Ainda bem! O que, por si, não contribuiria, necessariamente, para melhorar a qualidade do ensino. Sendo assim, o tamanho da escola, seu número de estudantes é um fator determinante para a qualidade de ensino.
Recentemente, um organismo internacional (World Education Indicators), em pesquisa com 32 países, identificou a relação professor-estudante. O Brasil é o que tem maior número por professor, entre eles. Em torno de 35 estudantes, em média. Como indicador de qualidade em educação, este é um fator decisivo, não exclusivo, evidentemente, mas um dos responsáveis pelo fracasso de nosso ensino, sobretudo na fase inicial de aprendizagem.
Justamente este ponto é um dos que menos desperta inquietação nas escolas, a ponto de se ouvir com freqüência que "aula boa é com sala cheia". O fato é que a única habilidade verdadeiramente adquirida por aqueles que fazem parte de uma multidão, é ouvir. Nossos estudantes são magníficos ouvintes, logo não chega a ser suficiente para determinar a qualidade na aprendizagem.
Indispensável que seja revisto nosso currículo, em especial o do ensino médio. Nele há um excesso de disciplinas e que algumas, em nada contribuem para a qualidade de nosso ensino. A fragmentação do conhecimento humano não condiz mais com o atual momento civilizatório, o que não significa que qualquer uma disciplina que seja não tenha importância. Ao contrário. O problema reside, portanto, na forma como ela ou elas são ministradas.
Este tema, porém, requer detalhamento, dadas as implicações que ele oferece, portanto deve ser discutido em outra ocasião e com viés teórico pertinente.
O que se pode observar é a contribuição que esse currículo tem dado ao fracasso de nosso ensino, o deve ser discutido urgentemente.
A despeito da tendência nacional de privatização do ensino, amparada desde a Lei 5692/71, somos intransigentes quanto à escola básica ser pública. Só assim a escola poderá contribuir decisivamente para suprimir o apartheid social e econômico há séculos existentes em nosso país. Afinal, este não é apenas um fator que possa contribuir para a qualidade do ensino, mas um princípio que garanta direitos e exclua da vida o ato de educar como um produto, como uma mercadoria.
Por fim, não podemos deixar de levar em conta as metodologias pedagógico-educacionais. São elas que orientam o fazer pedagógico e não há nenhuma garantia, com todas as outras condições asseguradas, que tenhamos um ensino de qualidade sem as metodologias compreendidas, revisitadas e postas em prática.
Neste campo tão arenoso reside um amplo espectro de dificuldades, mas defendemos que a despeito delas, que cada método oferece, só através do diálogo é possível se criar condições para a liberdade, para a criatividade e para a tão necessária humanização. Assim, só há um caminho: fazer do aprender um ato e do diálogo um método.





*Nonato Menezes
Professor da Rede Pública de Ensino do DF
Diretor do Sinpro/DF

Olha o resultado de tanto investimento!





Sem professor, não tem aula!

E ai continua a jornada daqueles que querem estudar e não conseguem. Não por falta de vontade, mas por falta de possilidade.

"Professores, os grandes protagonistas na formação das gerações do amanhã. É deles que depende o país melhor com o qual todos sonhamos, para deixarmos de ser mero espectador..."

O investimento é grande, já o resultado...

Nessa reportagem abaixo, pode-se ter idéia de quanto dinheiro é investido na educação de nosso país.
Para classe média, esse investimento não está servindo para nada, pois do ensino básico até o médio ainda pagam pelos estudos.
Esse investimento feito, está parece que é destinado a classe pobre, que tem que se contentar com o que o governo lhes dá.

Já a classe média que pode pagar, que se dane.

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4322557-EI8266,00-Investimento+em+educacao+chega+a+do+PIB.html

Diminui a distância de investimentos entre a educação superior e a educação básica

Pessoal, saiu essa nova reportagem no UOL educação falando que a diferença de investimento entre a educação básica e a educação superior vem diminuindo, e em especial esse ano caiu mais ainda...

Se encontra no link abaixo a reportagem:
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/03/16/ult105u9184.jhtm

Felipe Passoto Teixeira Felix

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ingresso nas Universidades

"O Governo, por medida provisória, editou o PROUNI — Programa Universidade para Todos. Esse nome, Sr. Presidente, está incorreto, porque a universidade não é para todos. Temos, sim, no Brasil, uma trágica realidade, ou seja, apenas nove em cada 100 jovens, na idade própria, de 18 a 24 anos, cursam o ensino superior e ainda, somente três freqüentam universidades públicas."

Essas são palavras do deputado federal Ivan Valente.

Resta agora saber porque esses dados vem se confirmando em nosso país com mais frequência e volume nos notíciários.
Seria a concorrência que existe nas melhores universidades do País ? Em relação a esse assunto, pode-se dizer que há uma certa dificuldade do aluno com baixa renda ocupar uma das vagas desses cursos concorridos, pois o ingresso dependeria de um certo preparo antes do ingresso na universidade, e sabendo que esse preparo gera um certo custo, fica ai um motivo da dificuldade e confirmação da questão da educação no Brasil.

Outra questão que vale apena ser frisada em relação ao assunto, seria a questão da permanência desses alunos de baixa renda dentro dessas universidades, já que no caso de alunos migrantes isso gera gastos e muitos gastos.

Fica aí algumas questões e comentários sobre o tema .
Vamos comentar pessoal !

Grato

Felipe Passoto Teixeira Felix.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O fracasso do ensino público


Video do youtube entitulado:

"Ensino público no Brasil: Está na perfeição, diz LULA"

Está mesmo na perfeição????

Será que é fácil para a sociedade interessada em obter algum tipo de conhecimento ter de enfrentar além de barreiras políticas, as barreiras geográficas para então chegarem ao local de estudo e receberem a notícia de que a professora não veio?
Acho que não é bem essa a definição de perfeição que o presidente do nosso país quis se referir.

"[...] Pois bem, a escola é ruim, o professor não é valorizado nem defendido pela sociedade e também não se percebe pressão alguma dessa mesma sociedade sobre seus governantes com relação ao caos educacional que se presencia. [...]"

Ta ai mais um ponto importante: A sociedade não se manisfesta quanto a retardação dos governantes com relação aos problemas educacionais.
Qual seria a solução pra calmaria da sociedade? Vamos discutir esses pontos nos comentários ai pessoal.

sábado, 6 de março de 2010

Muito além do ensino superior

Olá a todos.

Acho que tanto aqui na UFABC quanto em outras faculdades a questão vai muito além do ensino superior. Fica evidente que muitos dos ingressantes de faculdades públicas concorridas passam 1, 2 ou até mais anos em um cursinho que muitas vezes é particular. Por mais que não seja algo absurdo como pagar uma faculdade particular os gastos pesam nessa hora e a diferença de quem tem uma renda fixa para garantir seus estudos e quem tem que trabalhar para sobreviver acaba determinando o ingresso nas faculdades.

Eu, mesmo vindo de um colégio público do ensino médio, tive a felicidade de ter pais que conseguiram me manter em um cursinho particular por longos 2 anos, mas não são todas as pessoas que tem essa oportunidade.
Amigos meus, ainda que pertencentes a uma certa "elite" vamos dizer assim, já que estudavamos na Unicamp, enfrentavam dificuldades em se imaginar estudando feito condenados durante o ano inteiro, além de voltar a depender exclusivamente dos pais, pois muitos eram auto-suficientes.

Na minha modesta opinião, creio que a elitização seja um problema não só financeiro, educacional (a diferença entre particulares e públicas é enorme no fundamental e no médio), mas também cultural.
ncentivos do governo com pessoas já ingressadas no ensino superior são louváveis, mas será que não precisariamos de um auxílio que ajudasse de maneira efetiva o ingresso dessas pessoas na faculdade?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Aproveitando o conteúdo da postagem anterior, dêem uma olhada neste link.


http://http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_noticias/cbn/id270502.htm


Nele, encontrarão mais alguns dados divulgados pelo IBGE.

No período avaliado pela pesquisa, podemos perceber que essa elitização aumentou significativamente, mesmo sendo maior a oferta de vagas nas univerdades públicas.


Até mais,

Vitor

Ponta pé inicial

Uma frase inspiradora para o tema abordado:

"A educação é um fator de emancipação a que todos, sem exceção, devem ter acesso a tal 'conquista da Liberdade', e o Estado não deve 'evitar qualquer canseira' para assegurar esse direito."

Retirado de: O Militante» - N.º 261 Novembro/Dezembro de 2002
vide integra em http://pcp.pt/publica/militant/261/p34.html

Mais ricos dominam Universidade pública

'Não há dúvida de que o ensino superior é elitista. É assim em todo lugar do mundo. O que pode ser interessante é verificar se é verdade que o perfil socioeconômico dos estudantes do setor público é semelhante ou diferente do perfil dos alunos do setor privado', afirma Schwartzman.

Notícias

JC e-mail 2299, de 13 de Junho de 2003.

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=10556


É interessante que deem uma olhada nessa reportagem inteira pois nos traz dados numéricos sobre a elitização.

Até mais,

Laís

terça-feira, 2 de março de 2010

Apresentação

Olá.

O objetivo do grupo é discutir a questão da elitização do ensino público superior no Brasil, assim como outros fatores que estão relacionados ao tema, assim como dificuldades que pessoas de baixa renda enfrentam para permanecer e se adaptarem a vida universitária.

Até breve.