sábado, 6 de março de 2010

Muito além do ensino superior

Olá a todos.

Acho que tanto aqui na UFABC quanto em outras faculdades a questão vai muito além do ensino superior. Fica evidente que muitos dos ingressantes de faculdades públicas concorridas passam 1, 2 ou até mais anos em um cursinho que muitas vezes é particular. Por mais que não seja algo absurdo como pagar uma faculdade particular os gastos pesam nessa hora e a diferença de quem tem uma renda fixa para garantir seus estudos e quem tem que trabalhar para sobreviver acaba determinando o ingresso nas faculdades.

Eu, mesmo vindo de um colégio público do ensino médio, tive a felicidade de ter pais que conseguiram me manter em um cursinho particular por longos 2 anos, mas não são todas as pessoas que tem essa oportunidade.
Amigos meus, ainda que pertencentes a uma certa "elite" vamos dizer assim, já que estudavamos na Unicamp, enfrentavam dificuldades em se imaginar estudando feito condenados durante o ano inteiro, além de voltar a depender exclusivamente dos pais, pois muitos eram auto-suficientes.

Na minha modesta opinião, creio que a elitização seja um problema não só financeiro, educacional (a diferença entre particulares e públicas é enorme no fundamental e no médio), mas também cultural.
ncentivos do governo com pessoas já ingressadas no ensino superior são louváveis, mas será que não precisariamos de um auxílio que ajudasse de maneira efetiva o ingresso dessas pessoas na faculdade?

4 comentários:

  1. http://letrasemmanifesto.blogspot.com/2007/07/notcias-sobre-o-rjies.html

    deem uma olhada nesse blog.
    Tanto quanto radical. Mas é disso que realmente precisamos, manisfestações. E além do mais, soluções para tais problematizações.

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  2. Com certeza, o governo deveria dar um melhor apoio a essas pessoas que não tem condições de fazer um cursinho pré-vestibular particular de alto nivel e boas aprovações no vestibular. Mas vendo de outro modo, a minoria das pessoas que cursaram ou cursam o ensino médio numa escola pública, levam-na a sério. O ensino seria o mesmo se tivesse rigidez como nas escolas particulares.
    A maioria dos cursinhos pré-vestibular tem um preço elevado de mensalidade, o que faz com que muitas pessoas não tenham acesso. Como não existe esse tipo de cursinho público (na região que eu morava não tinha), os vestibulando ficam limitados. Estudam somente se os pais conseguirem pagar.

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  3. Eu acho que o interesse também desempenha uma grande influência no fim das contas. O aluno da escola pública tem as aulas ministradas em um ambiente desestimulante, por vezes por falta de estrutura ou professores.Seja qual for o motivo, o governo ignora resolver os problemas de base, e implementa programas de cotas em universidades públicas , que ao meu ver, é como se estivessem "tampando o sol com a peneira". Ao invés de , finalmente, revolucionar a educação, padronizando-a, se utilizam de artifícios mais simples e o mais importante, com menor área de impácto.

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  4. @Leticia: Acho que o estímulo não é tanto o problema, mas sim como as pessoas são ensinadas em questão a COMO estudar. O porque eu passei 2 anos no cursinho é simples, o primeiro eu aprendi a estudar e o segundo eu fiz a revisão, como se realmente faz em um cursinho, entende?

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